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23 de jul. de 2010

RELÓGIO DE VIDA

Um dia de cada vez. Todos os dias, um dia de cada vez.

RElÓGIO DE VIDA

Hoje, apenas 24 horas, para mudar de vida.
Só hoje se está tão completo por tudo o que vivemos e ainda não tão marcados por tudo o que virá. Um dia de cada vez, é assim que funciona.
Sorria.
Experimente.
Arrisque-se.
É só hoje mesmo.

15 de jul. de 2010

Reverso

Para ouvir; 50 receitas pra te esquecer - Leoni


Uma vez um poeta escreveu que o ódio era a face mais verdadeira do amor. Quando li - tolinha - eu discordei.

Eu te amo porque tu me fez acreditar que era a pessoa que eu esperei a vida toda. Porque me deu sonhos e me fez conhecer um lado meu que nem eu conhecia. Eu te amo pelas tardes de sol em que eu disse que te amava, pela solidão imposta esperando tu entrar pela porta e por todos os lugares que um dia fui feliz contigo.
Eu te amo porque sempre que vou ao mercado, ainda procuro teu vinho preferido. Porque não tenho forças para quebrar os porta-retratos. Porque quando fecho os olhos, ainda é em você que eu penso.
Eu te amo por tudo o que tu és.
Mas te odeio pelo que sou desde que tu me deixou.

5 de jul. de 2010

DESABAFO PÚBLICO

Aos que vieram buscar poemas, lamento. Esta é apenas uma carta para a minha consciência, tão íntima que preferi tornar pública; esperando que a vida poupe quem a ler de ter que aprender a aceitar o destino de forma tão dolorida quanto eu. 

Minha trilha para este texto: KT Tuntstall - Heal Over

Eu não quero escrever um poema. Não quero rimas bonitas e finais impactantes. Quero escrever sobre esse momento tão difícil para um dia voltar e lê-lo e me sentir feliz por ter superado. É preciso que eu o registre para jamais esquecer que tudo o que vem, vai; e tudo o que vai, volta.

Há pouco mais de dois meses eu subia a escadaria da igreja para agradecer a vida que tinha. Lembro com uma clareza cristalina a cena de eu sorrindo e dizendo para minha mãe:
- Mãe, quem no mundo poderá ser mais feliz do que eu? Eu tenho saúde de ferro, família unida, amigos fiéis, uma empresa próspera e encontrei o amor da minha vida! Pode existir felicidade mais plena do que esta?


Quase oitenta dias depois eu sofro de gastrite e insônia. Minha casa desabou. Meus amigos me julgaram. Meu trabalho não me satisfaz. E o amor, apesar de senti-lo tanto quanto antes, já não posso chamar de meu.


 Eu perdi tudo o que fazia sentido pra mim. Tudo!
A vida me mostrou  de forma cruel que é preciso ser humilde perante o destino e aceitar.
Eu aceito, vida. Eu aceito.
Sei que o tempo traz o bálsamo de novas alegrias e sentidos. Mas... e até lá?