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13 de fev. de 2008

O LADO CONTRÁRIO DA FÉ

O registro mais sublime de um momento “tudo posso” nos moldes de um soneto.
(13/11/2006)


O LADO CONTRÁRIO DA FÉ

Já não há nem um não nesta história
um porque ou um certo e errado.
Me despeço do limbo e da glória
pra fazer o que for de pecado.

Ser avesso ao avesso do mundo
E viver tudo em intensidade.
Quero azar, quero troco, o profundo,
Posso ir contra toda a verdade.

E no bem posso ser sua vilã
Se no mal for a insanidade
De meu corpo faço um talismã

Eu me entrego a esta disparidade
do agora ou depois, do contido
A deixar-me viver de vontade.

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